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Do telelaudo à digitalização do atendimento: como a tecnologia evoluiu na saúde

Desde meados da década de 1990, o Brasil utiliza a tecnologia para ampliar o acesso à saúde por meio da telessaúde em diversas modalidades. Uma das primeiras introduções da tecnologia no país foi a partir do telelaudo, com a análise de exames de imagem e eletrocardiograma à distância. 

Inicia-se a era digital da saúde no Brasil, com um grande marco em 2002, quando o Conselho Federal de Medicina regulariza e padroniza o prontuário eletrônico e a digitalização dos documentos em papel. 

Com a resolução, normas de segurança e exigências de tecnologia são formalizadas. 

Em 2003, com a criação do Samu, outras modalidades de telessaúde tiveram o uso ampliado, como a teletriagem, a telemedicina, a teleorientação e a teleinterconsulta, com atendimentos realizados à distância. 

Mais de uma década depois, o Ministério da Saúde e o Governo Federal criaram a Estratégia Digital de Saúde no Brasil, com o DigiSUS estruturado. 

O objetivo era incorporar a e-saúde no SUS até o ano de 2020 e estruturar a informação dentro dos sistemas de saúde para cidades e estados. 

O atendimento na área, então, passa a ser digitalizado. 

Assim, o setor começa a utilizar a tecnologia para diminuir a dependência do papel; aumentar a segurança dos dados dos pacientes, já que as informações passam a ser criptografadas e armazenadas em nuvem, com assinatura digital reconhecida pela Infraestrutura de Chaves Públicas do Brasil (ICP-Brasil); e diminuir as perdas de informações. 

E o telelaudo faz parte de todo esse processo

A digitalização da saúde, então, alcança dois grandes benefícios: a melhoria na qualidade do setor, ampliando o acesso e diminuindo gastos desnecessários, seguindo a teoria denominada Triple Aim, e a atuação em toda a jornada do usuário, desde o entendimento do paciente até o meio de pagamento, o acompanhamento e a recuperação. 

Hoje, nos Estados Unidos, já são realizadas mais teleconsultas do que atendimentos presenciais, devido à extensão e à capacidade de orientação em casos de baixa complexidade e ao fluxo de atendimento. 

No Brasil, em razão da barreira enfrentada para a regulamentação da telemedicina, publicada apenas em 27 de dezembro de 2022, ainda existe grande dificuldade para que a tecnologia seja incorporada em todas as casas no país. 

Mas a telemedicina não é a única forma de digitalização do atendimento, o uso do prontuário eletrônico já é realidade em quase todas as unidades de saúde do país, com o amplo investimento em tecnologias, como a realidade virtual, a inteligência artificial e a área de big data

Com o 5G já presente em algumas capitais brasileiras, o uso da tecnologia vai se intensificar, possibilitando maior acesso à saúde e à informação em áreas antes desassistidas. 

*Por Rafael Kenji Hamada, médico e empreendedor mineiro, especialista em investimentos. Speaker do TEDx FCMMG, Rafael é também palestrante e professor do MBA de Gestão em Saúde 4.0 do BBI of Chicago.  

Fonte: https://aboutfarma.com.br/secaodesktop/novidades/5174/do-telelaudo-a-digitalizacao-do-atendimento-como-a-tecnologia-evoluiu-na-saude 

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