O Prêmio José Eduardo Ermírio de Moraes: Inovações pela Vida foi concebido com base na visão de vida de José Eduardo, cujo propósito era impactar não apenas em termos sociais, mas também pessoais. Isso começou a se concretizar por meio dos princípios fundamentais que a família defendia.
Ética, conhecimento e meritocracia acabaram se transformando em outras características fundamentais englobando a ambição, ousadia, dedicação e a resiliência.
As referências para os trabalhos realizados advinham não só do seu país de origem, o Brasil, como também de outros lugares do mundo, os quais forneceram não só conhecimento, como também a prática para que pudesse aplicar nas transformações que hoje vemos por aqui.
Um de seus sonhos, os quais buscava realizar com muita dedicação e empenho, era ter o Brasil como uma referência global nos setores de economia e finanças.
Por isso, o prêmio que carrega seu nome auxilia na busca por esse degrau rumo à sua vontade, ampliando a abordagem para outras áreas que merecem atenção e incentivo, como é o caso da saúde, tecnologia e inovação.
Foi assim, em parceria com A.C. Camargo Cancer Center, que nasceu o prêmio, carregando o nome de um dos maiores filantropos que o Brasil já teve.
Inovações pela Vida, por que a escolha pelo segmento oncológico?
O setor de oncologia no Brasil desempenha um papel crucial no enfrentamento do câncer, uma das principais causas de morbidade e mortalidade no país.
Ao longo dos anos, houve avanços significativos no diagnóstico, tratamento e pesquisa relacionados ao câncer, resultando em uma melhoria substancial na qualidade de vida dos pacientes.
O diagnóstico precoce tem sido uma área de foco importante, pois permite intervenções mais eficazes e aumenta as chances de cura.
O Brasil tem investido em programas de rastreamento e conscientização, visando sensibilizar a população sobre a importância da detecção precoce e da realização regular de exames preventivos.
No que diz respeito ao tratamento, o país conta com uma infraestrutura crescente de centros especializados em oncologia, equipados com tecnologias de ponta.
Esses centros oferecem uma gama abrangente de serviços, incluindo radioterapia, quimioterapia, cirurgia oncológica, imunoterapia e terapias-alvo.
Além disso, a medicina personalizada tem ganhado destaque, permitindo tratamentos mais direcionados e eficazes, com menos efeitos colaterais.
No entanto, apesar dos progressos, o acesso equitativo aos serviços de oncologia ainda é um desafio em algumas regiões.
Disparidades socioeconômicas e geográficas podem influenciar a capacidade dos pacientes de receberem tratamentos adequados.
O sistema de saúde brasileiro tem buscado estratégias para superar essas barreiras, promovendo a descentralização dos serviços oncológicos e fortalecendo a integração entre diferentes níveis de atendimento.
A pesquisa científica em oncologia no Brasil também tem avançado, com instituições de renome contribuindo para a compreensão dos mecanismos moleculares do câncer e o desenvolvimento de novas terapias.
A colaboração internacional e parcerias público-privadas têm desempenhado um papel fundamental nesse cenário, permitindo o intercâmbio de conhecimentos e recursos.
O setor de oncologia está em constante evolução, buscando oferecer uma abordagem abrangente e eficaz no enfrentamento do câncer.
Hi! Startup do portfólio da FHE Ventures marcou presença no evento
Com o projeto Healthcare Intelligence, apresentado por Felipe Ribeiro Cabral Fagundes, a Hi! participou do prêmio, ficando entre os três finalistas do segmento.
A solução desenvolvida foi uma plataforma que ajuda hospitais e convênios interessados em coletar desfechos de efetividade e traçar análises econômicas de linhas de cuidado de alto custo para melhorar a eficiência operacional e reduzir desperdícios.
A Hi! representa uma inovadora solução de fisioterapia e telereabilitação voltada para empresas e sistemas de saúde.
Dados indicam que as condições musculoesqueléticas lideram as estatísticas de dores e incapacidades, resultando em significativos gastos tanto diretos quanto indiretos.
A Hi! opera como uma plataforma de assinatura mensal no mercado B2B, proporcionando tratamento através de uma abordagem que inclui triagem por algoritmos, teleavaliação, orientação, acompanhamento e reavaliação.
Essa abordagem visa não apenas reduzir custos associados a essas condições, mas também aprimorar a produtividade de forma substancial.
Grandes ideias para o avanço da ciência e da medicina no tratamento oncológico
Na primeira edição do prêmio, mais de 60 projetos foram inscritos em suas duas categorias superando qualquer expectativa, enquanto nessa segunda edição o número se aproximou, com 53 projetos submetidos.
A criação se deu através do estudo e aprofundamento de empreendedores de todas as regiões do Brasil, membros da Rede Alumni e residentes do A.C.Camargo, além de pesquisadores, professores e estudantes externos de graduação e pós-graduação de instituições de ensino superior.
Os finalistas na categoria “Iniciativas Científicas de Potencial Empreendedor para Oncologia (Deep Techs) foram:
- Terapia Oncolítica para Tratamentos de Tumores Malignos, apresentado por Carolini Kaid, da Vyro Biotherapeutics. Onde a tecnologia da empresa é um vírus oncolítico capaz de destruir as células cancerígenas diretamente, além de ativar a resposta imune antitumoral ao recrutar células imunológicas para o microambiente do câncer.
- mir-THYpe full, apresentado por Marcos Santos, da Onkos Diagnósticos. Onde o teste molecular para nódulos de tireóide ajuda a prevenir cirurgias diagnósticas evitáveis por meio da reclassificação do nódulo indeterminado em “benigno” ou “maligno”.
- Tumoroides e Medicina de Precisão Funcional para a Predição de Respostas à Quimioterapia de Tumores Malignos, apresentado por Vilma Regina Martins, da Aljava Biotech. Onde o produto é capaz de ajudar na predição da resposta do paciente em relação à terapia que resultará em maior sobrevida, melhor qualidade de vida e menor toxidade.
Onde dois projetos empataram em primeiro lugar:
- Terapia Oncolítica para Tratamento de Tumores Malignos, apresentado por Carolini Kaid.
- mir-THYpe full, apresentado por Marcos Santos.
Já os finalistas da categoria “Iniciativas/Soluções Digitais de Saúde para Oncologia (Digital Health) foram:
- SIAS – Sistema de Telemedicina com Tecnologia de Telecolposcopia, apresentado por Adriana Mallet Toueg. Onde foi desenvolvido um sistema de telecolposcopia para rastreio do câncer do colo de útero em mulheres de baixa renda.
- Healthcare Intelligence, apresentado por Felipe Ribeiro Cabral Fagundes, da Hi! startup que faz parte do portfólio da FHE Ventures. Onde a solução desenvolvida foi uma plataforma que ajuda hospitais e convênios interessados em coletar desfechos de efetividade e traçar análises econômicas de linhas de cuidado de alto custo para melhorar a eficiência operacional e reduzir desperdícios.
- Estratégia de auto coleta na saúde íntima e preventiva, apresentado por Stephani Caser Ruschi Tápias, da See Me. Onde a solução apresentada foi um serviço de rastreamento e saúde digital que ajuda mulheres e pessoas com útero a cuidarem da saúde íntima, realizarem prevenção e identificarem precocemente tumores e infecções genitais.
Onde o projeto ganhador foi: Estratégia de Autocoleta na Saúde Íntima e Preventiva, apresentado por Stephani Caser Ruschi Tápias.
Para as avaliações foram utilizados os seguintes critérios: relevância, maturidade e potencial de negócio e impacto no segmento de saúde.
Os vencedores do 2º Prêmio José Eduardo Ermírio de Moraes receberam uma premiação que foi estipulada em até R$ 100.000,00 (cem mil reais), com o objetivo de que houvesse um maior investimento em suas ideias, iniciativas e projetos.
Além disso, o evento ofereceu maior visibilidade para as exposições, ampliando as chances de novos interessados e possíveis investidores.