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Saúde Digital: sob a ótica de um “hub de inovação”

Desde que começaram os filmes de ficção científica sobre Inteligência Artificial, um dos maiores receios do imaginário humano é ser dominado pelas máquinas. Este também é o medo de muitos profissionais da área médica: perder espaço para super-robôs. No entanto, precisamos encarar a tecnologia como nossa aliada. 

A tecnologia chegou na área, na chamada Revolução Digital na Saúde, como uma forma de aproximar o paciente dos serviços de saúde, ampliando o cuidado, ao contrário do que se pensava sobre o risco da perda da humanidade na relação médico-paciente.

A tecnologia aplicada à saúde tem inúmeras vantagens. Para demonstrar isso, criamos um comparativo com os prós e os contras.

Prós:

  • A diminuição dos custos em saúde;
  • A maior fiscalização dos processos em saúde, levando a uma diminuição dos erros médicos;
  • A melhor distribuição e mapeamento de recursos e profissionais;
  • A maior integração das informações dos pacientes; 
  • A ampliação do acesso do paciente aos serviços de saúde;
  • O aumento da precisão em procedimentos; 
  • A prevenção de doenças e agravos. 

Contras:

  • Riscos de invasão de computadores e sistemas;
  • Risco de perda de dados;
  • Falta de integração entre dados de diferentes instituições; 
  • Confiabilidade excessiva na tecnologia;
  • Ausência de conhecimento técnico para resolução de problemas urgentes envolvendo a tecnologia pela maioria dos profissionais de saúde.

Como podemos ver acima, os prós são maiores e mais impactantes na vida das pessoas e os contras podem ser totalmente solucionados com um treinamento adequado da equipe e sistemas de prevenção de riscos.

Portanto, quando falamos sobre Saúde Digital, estamos falando mais sobre a integração de informações, facilidades na vida dos profissionais e atendimento de qualidade. Essas transformações são intrínsecas à melhoria da qualidade de vida de profissionais e pacientes, além de colaborarem para a diminuição dos gastos com os sistemas de saúde públicos e privados.

Esforços para fomentar a saúde digital 

De acordo com o Ministério da Saúde, em sua página descritiva sobre Saúde Digital, em 2019, a Organização Mundial de Saúde iniciou a elaboração da sua Estratégia Global de Saúde Digital, entendendo que os esforços nacionais podem ser potencializados pela colaboração, troca de conhecimento e de experiências entre países, centros de pesquisa, empresas, organizações de saúde e associações de usuários ou cidadãos, com o objetivo de promover a saúde para todos, em todos os lugares, absorvendo, ainda, os conceitos da utilização avançada da tecnologia, incluindo o uso de dispositivos pessoais e de tecnologias emergentes.

Essa proposta é semelhante ao tripé de desenvolvimento, que, segundo analistas econômicos, foi responsável pelo forte crescimento da China e outros países asiáticos. Nele, as universidades, a iniciativa privada e os governos coordenam seus esforços para o desenvolvimento de novas tecnologias e processos.

Inovar em saúde é preciso e melhorar a experiência de quem trabalha com saúde e a experiência do paciente é fundamental, mas o que será que falta para que essas tecnologias sejam implementadas?

Investimento em healthtechs

Você já deve ter adivinhado a resposta para a pergunta do tópico anterior. É aqui que entram as startups, empresas jovens de base tecnológica que vêm para promover essa mudança de forma ágil e eficiente. Hoje temos no mercado inúmeras soluções que resolvem as principais dores da saúde e elas estão ganhando cada vez mais visibilidade e investimento. 

No Brasil, os incentivos à inovação médica foram a criação de Venture Builders, incubadoras e aceleradoras de startups médicas, com a função de facilitar a captação de recursos e o estabelecimento de parcerias. Sendo assim, nos últimos anos, surgiram iniciativas como:

  • Hospital Albert Einstein lançou a eretz.bio, que já “incubou” mais de 30 startups;
  • A Dasa auxiliou a fundação da Cubo Health, que hoje tem 18 startups incubadas, em parceria com o banco Itaú Unibanco.
  • A criação da própria FHE Ventures, como iniciativa da Fundação Educacional Lucas Machado, mantenedora da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, para o crescimento e desenvolvimento de healthtechs.

Além disso, segundo o relatório “Distrito Healthtech Report Brasil 2020”, desde 2014 foram investidos US$ 430 milhões em healthtechs no Brasil.

A inovação em saúde pode seguir inúmeros caminhos, contudo ainda há um longo trajeto a ser percorrido e é para isso que a FHE Ventures nasceu. Estamos buscando soluções que possam resolver as principais dores da área médica e educação em saúde, trazer desenvolvimento para o Brasil e melhorar a vida de profissionais da medicina e pacientes. 

Se quiser uma visão acadêmica sobre o tema, recomendamos a leitura do livro “The Digital Doctor”, de Robert Wachter, que comentamos neste outro artigo. E continue acompanhando nosso blog! Semanalmente, temos conteúdos sobre inovação, saúde, educação, medicina, investimentos e empreendedorismo. 

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